07 setembro 2007

Um crédito bem parado

Por motivo de emigração em bloco
dos seus membros este blogue está
temporariamente estagnado.
**
Logo que estejam reunidas as condições
necessárias equacionaremos
o reinício do POSITRÃO
*
Entretanto, bons posts e melhores euribores
para todos

Etiquetas:

24 junho 2007

Hábitos de leitura

por: Vasco Sousa

20 junho 2007

Política em privado


por: Nuno G. Ferreira

12 junho 2007

Signos XIX


10 junho 2007

Um presente envenenado!


Por: Nuno G. Ferreira

07 junho 2007

Geneticamente programados



É mais que certo que somos, tal como os nossos antepassados e os nossos vindouros, coisa efémera, mera migração de genes…
Anima-nos, neste XXIº século desta era, já no seu sétimo ano, a investigação das leis de reconhecimento e transmissão genéticas. Bem podemos pasmar ante a revelação dos segredos da vida, desde a sua formação até ao momento actual e até das combinações mais prováveis que conjecturam o futuro. Ainda mais nos deslumbrará, evidentemente, a infinidade de aplicações possíveis através da manipulação dos genes, com todas as suas previsíveis e imprevisíveis consequências. A epistemologia tenta afincadamente definir os contornos e destrinçar as ciências de tudo aquilo que, objectivamente, não lhe pertence: política, religião, moral, opinião, mass media, etc., aparentemente com algum sucesso, mas não sem grande dificuldade e com algumas áreas cinzentas difíceis de evitar.
Tenhamos acima de tudo a consciência que, com maior ou menor velocidade, o progresso da ciência genética é imparável, sendo difícil de admitir que o público comum, individual ou socialmente, se inteire satisfatoriamente dos seus avanços e das suas extraordinárias possibilidades e perspectivas.
É inevitável que aqui nos venha à memória a criatividade do genial Aldous Huxley que no seu "Brave New World" (“Admirável mundo Novo”) vislumbra uma sociedade futura em que os homens são susceptíveis de ser geneticamente programados… Nesta obra de ficção, publicada surpreendentemente em 1932, Huxley levanta questões que o presente continua a colocar, cada dia com mais premência. Talvez a sua leitura estimule aqueles que se desinteressam destes assuntos da genética e das novidades da biotecnologia. Pode ser que com isso abram mais uma brecha nas sugestões culturais feitas-por-medida deste impreterível quotidiano.
De qualquer das maneiras, o nosso código genético obrigar-nos-á, implacavelmente, a cumprir o que será sempre a nossa obrigação: reproduzirmo-nos!
Por mais que isso nos custe…

Cátia Farias

04 junho 2007

"Olha a nossa sorte, olha o nosso azar" (2)



Cavaco Silva fará 68 anos no dia 15 de Julho. Penso que o teremos como presidente, já septuagenário, por muitos anos… O presidente do nosso (des)contentamento!
Não se iludam os mais crédulos: Aníbal Cavaco Silva não é tão ingénuo como parece e acalenta o seu plano de “vingança” há longos anos. Nas suas intervenções minimalistas jamais trairá o seu verdadeiro e grandioso programa. Contudo os que têm boa memória e alguma perspicácia reconhecerão as suas “pinças” nas sucessivas lições e puxões de orelha que podem ser susceptíveis de atrapalhar o plano do governo PS, bem oposto ao seu, não tenhamos quaisquer dúvidas. Cavaco Silva, pacientemente, invisivelmente, inexoravelmente, subtilmente, construirá pé ante pé a única coisa que lhe interessa para Portugal: “Um país, um partido, um presidente, uma maioria absoluta”. Poderá finalmente dar azo às suas fantasias de mago das finanças e descontrair numa absoluta volúpia estratégica (sem picantes, claro…).
Portanto, para que conste, aqui fica o aviso e «quem te avisa…».
Preparem-se, preparem-se... acho que vão ter tempo de sobra para isso.
Aos 4 de Junho de 2007.

Nuno G. Ferreira

30 maio 2007

Artigo 23°


(...)

Artigo 23°

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.

2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.

3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.

4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.

(...)
por:
Vasco Sousa

28 maio 2007

Como não ser

Vou tropeçando neste quotidiano inominável na busca de uma qualquer brecha, um nesga limpa onde os meus olhos improvavelmente se alegrem. Estes dias rolam pardos. Mesmo que este Sol Atlântico comece a segredar-me desejos, os cenários são remotos e ser feliz é pensamento leviano.
Não sei o que esta Primavera traz, que ouço rir em toda a parte e desgraçadamente só a mim me parece tudo tão triste e amargo. Tropeço aqui no ridículo, ali na mentira descarada, na desvergonha, mais além estatelo-me num charco de total iniquidade, sujo-me irreparavelmente na lamacenta insistência deste jogo burlesco…
Eu que me tenho treinado tanto para aprender, dou por mim a esforçar-me para o que não devo reter e vou-me apaziguando por ficar a saber, todos os dias, como não pensar, como não falar, como não agir, como, enfim, não ser.
Ah, se ao menos fossemos autênticos!

Alice T.

22 maio 2007

Signos XVIII


17 maio 2007

Os reformistas

(Habitação e urbanismo)

1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
a) Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social;
b) Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais;
c) Estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral, e o acesso à habitação própria ou arrendada;
d) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações, tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criação de cooperativas de habitação e a autoconstrução.

3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.

4. O Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais definem as regras de ocupação, uso e transformação dos solos urbanos, designadamente através de instrumentos de planeamento, no quadro das leis respeitantes ao ordenamento do território e ao urbanismo, e procedem às expropriações dos solos que se revelem necessárias à satisfação de fins de utilidade pública urbanística.

5. É garantida a participação dos interessados na elaboração dos instrumentos de planeamento urbanístico e de quaisquer outros instrumentos de planeamento físico do território.



Quando foi que o Estado se demitiu da responsabilidade constitucional de ter uma política de habitação para a deixar nas mãos da usura do oligopólio agiota da banca?

A hipocrisia generalizada que diz que os “os portugueses se endividaram” é uma história muito mal contada...

Perguntemo-nos porque é que eles estão endividados e como poderia ser de outro modo!?

Entretanto a um ano sucede outro e outro, e outro… a banca vai engordando, os que dela se servem vão enchendo os bolsos e os que a ela obrigatoriamente se subjugam empobrecem alegremente…

Economistas precisam-se!
(De preferência com o curso completo, mestrado e MBA.)


Filipe Taveira

15 maio 2007

O futuro a "eles" pertence...

Talvez a História explique o que nos tornou, a nós portugueses, alheios à construção do presente e impunes a todos os erros cometidos. Como se o corpo ignorasse o que o pé calca, como se a mente desprezasse a dinâmica do corpo… Ignoramos que, da mesma forma que Albert Einstein não poderia ser espanhol ou que Garcia Lorca nunca poderia ter sido germânico, cada população, cada país gera os seus “sistemas”, os seus governantes.

Isto a propósito de, sistematicamente, nos colocarmos fora do “sistema”, sobretudo para o criticar, como se não fossemos responsáveis pela sua elaboração, sobretudo quando nada fazemos para contrariar aquilo com que discordamos.

Trinta anos volvidos, muitos de nós não querem entender que democracia é também discordar, associar, combater, participar. Claro que para isto é necessário conhecer os direitos e deveres que o presente nos oferece (ou nos obriga…) para que, consistentemente, possamos forjar o futuro.

Mas não! Preferimos falar, falar, escarnecer enfim… Entretanto “a caravana vai passando” e à sua passagem, nessa estrada atapetada de laxismo e indiferença, quantas vezes o que paira no ar é tão-somente ruído inútil e o que fica é um cheiro nauseabundo com o qual teremos que conviver para sempre!

Talvez a História explique…


Vasco Sousa

09 maio 2007

Um site por semana

O sítio da semana
[19]

04 maio 2007

Um voo solitário

As sociedades são organismos vivos, corpos organizados com autonomia e existência própria. Poderemos estabelecer uma miríade de relações de afinidade entre uma sociedade e qualquer ser vivo comum, exercício que nos facultaria, no mínimo, uma aprendizagem muito significativa tanto dos seres vivos como das sociedades que os seres integram.
As sociedades de seres humanos são, como é sabido, as mais complexas, existindo uma relação de interdependência intrincada que escalpelizada poderá servir para classificação de diferentes classes, tipos e estádios civilizacionais.
A relação mais ou menos simbiótica do órgão (ser) com o organismo (sociedade) tem vindo a ser cada vez mais estudada e aperfeiçoada. Com base nas conclusões das várias ciências que se dedicam ao assunto, foi possível estabelecer índices que caracterizam as diferentes formas de relacionamento possíveis, extrapolando parâmetros de bem-estar, estabilidade material e emocional, e previsões de cenários de evolução prováveis.
As sociedades, como organismos vivos que são, são dinâmicas ou pasmadas, alegres ou sorumbáticas, despertas ou alienadas, coesas ou dispersas, etc.
As sociedades, como os organismos vivos, também adoecem!
Há graus de independência…
«O voo da águia é muito alto, mas é um voo solitário…»

Cátia Farias

02 maio 2007

Mr. Facúndia, o estratega cooperante...


Olha a nossa sorte, olha o nosso azar!...
Nuno G. Ferreira

26 abril 2007

Já à venda



Por : Nuno G. Ferreira

14 abril 2007

Signos XVII


13 abril 2007

Emigrem ou então... habituem-se!

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Desta vez quando cheguei disseram-me que as audiências em todos em os media tinham subido. Explicaram-me que isso era muito bom para a economia.
Depressa vim a saber o que se passava e pensei de mim para mim: «Mas que grande imbróglio o Sócrates foi arranjar! Até parece que acabei de chegar à Itália! Sim, os italianos não fariam melhor… Ainda bem que desta vez não poderei ficar nem uma semana completa. Assim tudo toma uma forma episódica e anedótica, própria de quem vê estas coisas com grande distanciação.»
Cada vez me fui apercebendo melhor das paixões que por cá grassam, pois é só do que falam... De cursos, de diplomas e de universidades! São os dramas que enchem o quotidiano dos meus compatriotas.
Comovo-me com toda esta embrulhada e fico contente por saber que em breve partirei.
Que posso fazer? Esta vida de emigrante faz de mim tão ignorante! Um país tão bonito e tão bom!
É muito bom é… para emigrar!

Alice T.

12 abril 2007

Demagogia patética e credulidade bacoca


Nuno G. Ferreira

05 abril 2007

Apelidos que atestam!



Nuno G. Ferreira

03 abril 2007

José Sócrates, já percebemos!


Já não interessa se é verdade ou não. O que todos já viram, claramente visto, é que o curriculum de José Sócrates não resiste à lupa do jornalismo de investigação. A ser verdadeiramente sólida, uma argumentação eficaz, contrariando as alegadas inexactidões vindas a lume, poria termo, em pouco tempo, à suspeição e instalaria a verdade na mente dos portugueses que, está bom de ver, por isso tanto ansiaram. Agora é tarde! Os dias foram-se passando e, neste momento, já pouco interessam os factos.
O percurso académico oficial do cargo que ocupa – primeiro-ministro, em exercício, de Portugal – não admite qualquer vulnerabilidade deste tipo.
A descrença e desconfiança estão decretadas irremediavelmente.
À boca fechada o português lamenta a sua sorte: «Que ainda há quem se admire que ande deprimido; que continua sem sorte nenhuma, ou há-de ser a mesquinhez saloia do presidente ou a pertinácia finória do primeiro-ministro; que não aparecem chefes extraordinários e genuínos com uma ideia mobilizadora para Portugal!»
O titubear de José Sócrates (e dos seus correlegionários) pôs todo o país a murmurar. Seja como for, a sua imagem está para sempre manchada. A autoridade do governo está ferida de morte, de tal modo comprometida que daqui para a frente não estará mais à vontade em certas matérias… Por menos que isto muitos governantes já teriam "batido com a porta".
E se estamos perante uma cabala usando a “inatacável biografia de Sócrates”? Se assim for, azar o dele: “não basta sê-lo é preciso parecê-lo”! E depois, seja da responsabilidade de quem for e da feição que isto está, os danos são já irreparáveis. “Inês é morta”. Teimar em manter as coisas como estão é uma maldade imperdoável para o futuro da ideia de Portugal e dos valores de milhões de pessoas.

Eng.º Sócrates, já todos percebemos o que era o “choque tecnológico”.
Eng.º Sócrates é tempo de dar o lugar a outro.
Candidatos não faltarão.
E que a sorte nos sorria!

Filipe Taveira

01 abril 2007

"A Voz dos Ridículos"

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Nuno G. Ferreira

31 março 2007

Um site por semana


O sítio da semana
[13]

27 março 2007

A Engenharia vai ser um sucesso!



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A Engenharia vai ser um espectáculo de massas!
Vai ter representações, debates, protagonistas, auditórios, transmissões em directo, vastos públicos e participação de todas as camadas sociais.
Vai sair dos escritórios enfadonhos para as salas de espectáculo.
Vai ter estrelas, papéis principais e papéis secundários.
O tempo que dantes era dedicado à ciência e à técnica, agora desnecessário, vai reverter a favor de programas de entretenimento nos media.
A Engenharia vai ser uma diversão popular de amplo alcance.
Vai ser protagonizada, democratizada e consensual a opção dos locais para construção das pontes, dos traçados das estradas e ferrovias e até dos aeroportos.
Vão ser amplamente debatidos, em estádios a designar, com transmissão televisiva em directo, os níveis freáticos e os cálculos de estruturas de betão armado.
Vai passar dos estudos sobre os estudos à objectividade das técnicas do espectáculo e rentabilizar as suas actividades deficitárias.
A Engenharia vai finalmente ter o seu merecido público e o seu justo tempo de antena.
Vai desfazer-se das matemáticas e das físicas pois o público não adere com facilidade a tais matérias.
Vai despir-se da pesada resistência dos materiais que só atrapalharia na diversificação dos públicos.
Vai enfim livrar-se de planos e caminhos críticos, coeficientes de segurança e probabilidades, dedicando-se ao marketing, mais contemporâneo e adaptado ao mundo do espectáculo.
Vai deixar de ter instituições que a representem e vinculem os seus estudos.
Vai abolir a comunicação oficial por fax, carta, e-mail, transferindo os assuntos para os espectáculos.
A Engenharia vai aparecer provocante e debochada na televisão.
A Engenharia vai ser um sucesso!
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Filipe Taveira

26 março 2007

Algarve de "al-Gharb “


Todo o nome tem uma origem, um significado. O tempo vai-se encarregando de transformar as palavras e as formas originárias vão ficando cada vez mais para trás. Assim o português actual é já resultado de um processo de alterações genuínas e híbridas que o uso ininterrupto foi dinamicamente admitindo e tornando sólido. De tal maneira que só os mais estudiosos terão acesso ao verdadeiro percurso dos conceitos.
No entanto poder-se-á dar de barato que é descabido pensar que as palavras se possam alterar para facilitar o acesso da língua aos estrangeiros, por ilógico e aberrante, sobretudo se em nome de uma presunção estéril, de um mercantilismo frívolo ou de um qualquer oferecimento exageradamente complacente.
Recuso aqui a escrever sequer o que por aí se diz relativamente ao nome que corresponde à parte mais Oeste da Península Ibérica, o Algarve, nome que, só por si e tal como é, constitui um desenrolar de histórias sem fim onde com relevância se protagonizou este povo que nunca se agradou muito de vender a alma ao diabo.
Se a Língua nos determina e revela que dizer de quem não ama a sua Língua e a vende assim ao desbarato?

Filipe Taveira

23 março 2007

Signos XVI


21 março 2007

As cores do primeiro mundo

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.............A necessidade é a criação de necessidades
.............e ser livre é optar por uma forma de poder
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Tempos houve em que o “mundo” era um pequeno agregado populacional, a aldeia, a tribo. Tudo que aí tinha lugar preenchia o imaginário humano e a realidade era esse “grande espaço” de relação próxima com a natureza que condicionava ferozmente a liberdade e com os que compartilhavam um quotidiano solidário. A necessidade premente e a preservação justificavam todos os esforços individuais e sociais e a carga genética foi sendo transportada e transmitida com precisão matemática através do tempo.
Os mais criativos poderiam talvez conceber outros “mundos”, mas a possibilidade de confirmação era por demais remota!

Milhares de anos decorridos o “mundo” é qualquer coisa com contornos indefinidos. A realidade patente desfoca a natureza e os humanos, simulando uma obtusa partilha do “mundo”, estranham um quotidiano competitivo. O espaço ganhou múltiplas dimensões e a proximidade é viabilizada pelas ferramentas disponíveis que se apossam do quotidiano e dissipam o conceito de próximo. As tribos não se confinam mais a uma área definida e habitam uma topografia planetária quase irrepresentável. A evasão e simultânea concentração social vão gerando níveis de ansiedade impiedosamente selectivos. A necessidade é a criação de necessidades e ser livre é optar por uma forma de poder. A carga genética vai sendo transportada e transmitida inexoravelmente através do tempo.
Os mais criativos podem de facto conceber outros “mundos”, mas a possibilidade de realização é por demais remota!

Cátia Farias

17 março 2007

Uma "modernidade contemporânea"

Circula por aí a ideia de que os portugueses se vão concentrar nas cidades. Não, não é de forma progressiva como já fazem há anos, mas sim muito aceleradamente.
Diz-se que o país é geograficamente grande demais e que o mais viável (é o que se ouve…) é mesmo concentrar os habitantes e todos os serviços nas “grandes cidades”. Os defensores desta teoria argumentam que o país será altamente rentabilizado e com isso se acabará com o problema do défice (sim sempre esse...) e todas as suas repercussões incómodas.
«É muito simples» dizem eles «”encerram-se” todos os serviços que se considerarem abaixo do limite de rentabilidade, o que, dada a demografia existente, acontece em mais de 70% das regiões de Portugal. Em consequência todos iniciarão, de forma natural, o seu êxodo para as grandes cidades e outros “locais rentáveis” buscando aí tudo o que necessitam e que é providenciado em boas condições... Esse abandono irá ser “o motor” de uma grande criação de riqueza, uma vez que a racionalização dos recursos, infra-estruturas e serviços do país provocará uma rentabilização altamente optimizada»
O que é facto é que essas ideias de “modernidade” já começaram a fazer com que as células cinzentas dos mais abastados se agitassem ao ponto de alguns terem já adquirido bons jipes, estando já precavidos (como eles afirmam…) para as estradas regionais cuja manutenção não mais se fará por desnecessária e dispendiosa...
É claro que eu não quero acreditar nestas patetices de que falam por aí.
E depois… está bem que se seja moderno, mas nem tanto, que diabo!...


Nuno G. Ferreira

14 março 2007

Os pântanos e os charcos

08 março 2007

As lacunas da história


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Na ronda dos passados que inventamos julgaremos reconhecer em alguns deles, poucos, a inevitabilidade do presente. É sabido que continuaremos a desvendar enigmas do que passou e, por cada interpretação, uma corrente lógica chega até nós reconstruindo o que somos para além da nossa realidade pateticamente quotidiana. Nas lacunas da história que este presente não decifra reside também o nosso trágico e irrevogável percurso. E os nossos antepassados correm-nos nas veias tão vivos quanto nós. Nós que pensamos possuir, em cada época, uma imaginação capaz de desenredos coerentes. Quem poderá dizer se é nessas lacunas impenetráveis que o tempo aprisiona para sempre os elos da definitiva verdade? Quem poderá duvidar que o passado está vivo afinal?

Alice T.