04 junho 2007

"Olha a nossa sorte, olha o nosso azar" (2)



Cavaco Silva fará 68 anos no dia 15 de Julho. Penso que o teremos como presidente, já septuagenário, por muitos anos… O presidente do nosso (des)contentamento!
Não se iludam os mais crédulos: Aníbal Cavaco Silva não é tão ingénuo como parece e acalenta o seu plano de “vingança” há longos anos. Nas suas intervenções minimalistas jamais trairá o seu verdadeiro e grandioso programa. Contudo os que têm boa memória e alguma perspicácia reconhecerão as suas “pinças” nas sucessivas lições e puxões de orelha que podem ser susceptíveis de atrapalhar o plano do governo PS, bem oposto ao seu, não tenhamos quaisquer dúvidas. Cavaco Silva, pacientemente, invisivelmente, inexoravelmente, subtilmente, construirá pé ante pé a única coisa que lhe interessa para Portugal: “Um país, um partido, um presidente, uma maioria absoluta”. Poderá finalmente dar azo às suas fantasias de mago das finanças e descontrair numa absoluta volúpia estratégica (sem picantes, claro…).
Portanto, para que conste, aqui fica o aviso e «quem te avisa…».
Preparem-se, preparem-se... acho que vão ter tempo de sobra para isso.
Aos 4 de Junho de 2007.

Nuno G. Ferreira

3 comments:

Blogger Diogo said...

Não me parece. Cavaco quis um final de carreira em beleza como PR. Sócrates é um milhão de mais perigoso.

4/6/07 11:11 da manhã  
Blogger Pedro Marques said...

Lagarto, lagarto, lagarto.
Ó Diogo, com certeza não deves ter mais de 30 anos porque se tivesses não dizias isso. Cavaco Silva como primeiro-ministro foi o primeiro gigantesco desastre que Portugal teve.
Podemos agradecer a esse senhor o facto de estarmos ainda na cauda dos países da Europa. Todos os fundos estruturais que chegaram na altura do seu primeiro mandato e que continuaram foram desbaratados. A indústria desmantelada, as unidades de produção desmanteladas, os bancos cresceram como cogumelos, o consumo aumentou exponencialmente e educativamente... é a miséria que se sabe.
Por isso te digo: ousar uma comparação entre o Cavaco e o Sócrates é ir longe demais...
Infelizmente também tenho a mesma opinião do positrão, mas pode ser que ele não chegue a tanto...

9/6/07 3:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há aqui um empate nas posições dos comentadores, deixo pois também a minha opinião sobre tal situação.
Apesar de duvidar da força das pretensões do Presidente, concordo com o reconhecimento desse perigoso timbre centralista e unificador. Não que não julgue necessária a união quando a adversidade bate à porta, mas é sempre árduo de gerir o grau de resignação que se deve assumir.

[www.3vial.blogspot.com]

9/6/07 4:55 da tarde  

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