"In cooperare conspirate"!
Fomos praticamente obrigados a aceitar como verdade irrefutável o facto de ser a competição o factor de maior progresso e desenvolvimento da sociedade. E então tudo se coloca em termos de factores de concorrência, em índices competitivos. Será talvez a maior enormidade dogmática do nosso tempo! De tal maneira que só muito poucos matarão a cabeça a pensar que poderá não ser assim, que poderão existir para além disso outras formas de evolução, uma qualquer ideia de sociedade de cooperação.
Pensemos que se é um facto que no desporto é obrigatório competir para que se estimulem as capacidades físicas já o mesmo não podemos dizer quanto às propriedades inventivas e criativas do pensamento e nas suas repercussões directas nos avanços ou aperfeiçoamentos do conhecimento e das tecnologias ao serviço da humanidade…
Sim, é um facto que as teorias económicas assentam actualmente na concorrência, na competição. A comercialização e o bem-estar apresentam-se como absolutamente dependentes dessa abordagem. E depois, se o mercado é mundial, quem ficar de fora, quem não puder competir dentro de pressupostos mais ou menos idênticos perderá a corrida… e degradar-se-á até à desgraça total. Em termos simples, parece existir uma única via: as sociedades vivem voltadas para a produção e aquisição de bens materiais competindo entre si para viabilizar o que acreditam ser uma existência minimamente confortável dos indivíduos. Este princípio alastra-se a todas as normas de comportamento, contagiando todos os valores, no que parece ser uma gigantesca e macabra olimpíada, mais supérflua que proveitosa, e nunca por nunca a razoabilidade de uma espécie que se sabe biologicamente irmanada e fatalmente dependente de um projecto comum!
Pensemos que se é um facto que no desporto é obrigatório competir para que se estimulem as capacidades físicas já o mesmo não podemos dizer quanto às propriedades inventivas e criativas do pensamento e nas suas repercussões directas nos avanços ou aperfeiçoamentos do conhecimento e das tecnologias ao serviço da humanidade…
Sim, é um facto que as teorias económicas assentam actualmente na concorrência, na competição. A comercialização e o bem-estar apresentam-se como absolutamente dependentes dessa abordagem. E depois, se o mercado é mundial, quem ficar de fora, quem não puder competir dentro de pressupostos mais ou menos idênticos perderá a corrida… e degradar-se-á até à desgraça total. Em termos simples, parece existir uma única via: as sociedades vivem voltadas para a produção e aquisição de bens materiais competindo entre si para viabilizar o que acreditam ser uma existência minimamente confortável dos indivíduos. Este princípio alastra-se a todas as normas de comportamento, contagiando todos os valores, no que parece ser uma gigantesca e macabra olimpíada, mais supérflua que proveitosa, e nunca por nunca a razoabilidade de uma espécie que se sabe biologicamente irmanada e fatalmente dependente de um projecto comum!
Vasco Sousa
1 comments:
Não sendo muito modesto de minha parte ,gosto de me saber como fazendo parte desses poucos que matam a cabeça a pensar que a competição não é a única forma de progresso.
Que pode existir outra forma de cooperação,como disse,na qual não enterremos fatalmente a humanidade.
Os nossos jovens vivem em função dessa triste ilusão na qual sem competir não se vai longe.
E os valores mais altos não se levantam.
Não fosse eu crer na capacidade de sobrevivencia e melhoramento efetivo do ser ,e acreditaria já e tão só que temos em nós,irremediavelmente, a semente da própria destruição.
<< Home