21 agosto 2006

Teia


Todos nos ligamos através dos fios invisíveis dessa imensa teia a que chamamos espécie humana. Possivelmente partilhamos os mesmos medos, as mesmas necessidades e até os conhecimentos se difundem rapidamente na seda dessa trama maior do que nós. É seguro que os intrincados jogos para a replicação compulsiva e as regras obscuras do desejo habitam firmemente em todos nós. Permanecer é a maior energia dessa teia e todos os seus filamentos se conjugam para isso com uma tenacidade sublime. Sim permaneceremos… Sempre reproduzindo transformações invisíveis. Romper a teia é depor o prodígio nas mãos de Tânatos, gesto que não deve pertencer aos homens…

Cátia Farias

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